Aqui o vazio...
Deito-me. Deixo a cabeça tombar sobre o braço curvado e pergunto-me: como foi que chegámos até aqui? Sim, aqui... não sei.
Há um nada em mim que se debruça no vazio.
Vazio do braço que me afagaria a face, das mãos que entrelaçariam os meus cabelos; por entre os dedos fios de nuvem.
Fecho os olhos. Perco-me no tempo em que seriamos.
Os teus dedos deslizam pelo meu corpo. Vejo-te a afastares-te lentamente. Como nos sonhos, perco-te de mim. Perdemo-nos. Nunca nos tivémos.
Há um nada em mim que se debruça no vazio.
Vazio do braço que me afagaria a face, das mãos que entrelaçariam os meus cabelos; por entre os dedos fios de nuvem.
Fecho os olhos. Perco-me no tempo em que seriamos.
Os teus dedos deslizam pelo meu corpo. Vejo-te a afastares-te lentamente. Como nos sonhos, perco-te de mim. Perdemo-nos. Nunca nos tivémos.
Longo é o tempo.
Estendes-me as mãos, esforço-me por te alcançar...
Desaparecer sem princípio nem fim.
Esculpimos em segundos o lugar do sangue.
Despedimo-nos, sem nos termos olhado sequer.
Sendo dois, esperamos um só.
No espaço, ele - o tempo - sem princípio, sem fim, alimenta-se dos medos.
Medo de nós.
Estremeço.
Sem tempo, sem medo, adormeço. Sinto ainda o que desde sempre senti.
Isabel
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